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Santa Casa realiza programação peloDia Internacional da Segurança e Saúdeno Trabalho

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O evento teve como tema: vozes da segurança e saúde no trabalho. Diga não ao assédio


Voltado à campanha Abril Verde, a Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMPA) realizou nesta terça-feira (29), no hospital, uma programação voltada ao compartilhamento de informações sobre a segurança e saúde no trabalho aos servidores da instituição.


O evento, coordenado pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e Assédio (Cipa) da Santa Casa, contou em sua abertura com a presença do ‘Coral Saúde e Vida Maria Helena Franco’. Durante o evento foi realizada a palestra magna: “Vozes da Segurança e Saúde no Trabalho". Diga Não ao Assédio”, proferida por Nicholas Mota, médico do CEREST-PA, com atuação nas áreas de saúde do trabalhador e medicina do tráfego. 

Sobre a palestra sobre assédio moral, Nicholas relata que é um tema transversal e importante. “No Brasil todo, no mundo todo, infelizmente tem aumentado o número de assédio moral nas empresas. Então, uma empresa grande, uma instituição respeitada como a Santa Casa, com muitos colaboradores, precisa estar sempre tratando esse tipo de tema, trazendo esse tipo de tema para conscientizar. Estamos em abril verde ainda, falando de saúde, de segurança no trabalho, e é tempo de conscientização sobre assédio moral. Um assunto que é nevrálgico, e não pode faltar em nenhuma empresa”.

“A dica para reduzir essa situação é, primeiro a conscientização. Levar os colaboradores a saberem quando as práticas são abusivas, que eles também possam fazer a sua parte. Segundo, diminuir essa relação de autoritarismo de cima para baixo, de baixo para cima. Criar ambientes com clima organizacional mais favorável, mais empático e trabalhar a saúde e segurança dentro também de trabalho”, ressalta o médico Nicholas.

Denise Rosário, presidente da Cipa, em sua fala destacou a importância da participação de todos por conta do abril verde, mês dedicado à conscientização sobre a segurança e saúde do trabalho. “A segurança não é um custo, mas um investimento em vidas, no ambiente de trabalho e fora dele. É um momento para lembrar que acidentes e doenças no trabalho não ocorrem por acaso, mas sim por falta de atenção”


“Hoje, eu posso dizer que o nível de consciência entre os servidores da Santa Casa é muito importante. Desde 2023, a gente vem falando sobre assédio e a gente vem fazendo atos preventivos a respeito do assédio, justamente para que o nosso efetivo possa ter conhecimento. E o conhecimento é fortalecido para gerir um ambiente mais seguro e mais saudável”. Destaca Denise.


Para Lina Magno, gerente da Saúde do Trabalhado da Fundação Santa Casa, a saúde do trabalhador é um investimento. “Através do projeto Bem Viver, que é um grande guarda-chuva que busca a segurança do trabalho, a saúde e a qualidade de vida. Nós precisamos ter um corpo técnico bastante robusto no que diz respeito à segurança. E essa semana teremos o reforço da campanha da vacina, em que todos estão convidados para se imunizarem”.

O procurador do Trabalho, Élcio Araújo, que participou da mesa de abertura, fez um apanhado do momento histórico da data, que surgiu por conta de um acidente de trabalho que vitimou dezenas de pessoas nos EUA em 1968 e fez um paralelo com a tragédia da barragem de Mariana em Minas Gerais. “No Brasil, não costumamos ter uma cultura da prevenção. Nós costumamos apenas remediar o que acontece, um acidente ou um adoecimento posteriormente. Embora a nossa legislação seja excelente nesse sentido”.


“A Cipa, nesse contexto, é um órgão essencial e necessário, então é importante que a Cipa tenha autoridade para trabalhar, tenha independência, garantia de emprego. Porque ela é um dos órgãos que tem que ser proativo. Não pode ser um órgão só de receber denúncias. Deve ser um órgão ativo, que está ali na linha de frente, que tem uma boa relação com os trabalhadores, para fazer uma escolta ativa do que eles têm para falar”, destaca o procurador.

Bruno Carmona, presidente da Fundação Santa Casa, fez questão de reforçar o trabalho da gestão no reforço das campanhas de trabalho que beneficiam servidores e usuários. “Nós lidamos com pessoas sofridas que não estão aqui a passeio, pelo contrário, estão aqui por conta de doenças.A Santa Casa procura executar as suas tarefas e missões de forma bem feita, e isso eu entendi desde o início da minha gestão. Como um Hospital Público, como o Hospital 100% SUS. E para manter uma engrenagem de um quarteirão inteiro funcionando adequadamente, cuidando de pessoas doentes, o nosso servidor deve estar feliz, trabalhando feliz, adequadamente remunerado dentro de suas tarefas”.

“Jamais e de forma alguma podemos aceitar qualquer tipo de assédio, seja em qualquer das classificações, em qualquer das direções, seja de servidor para o servidor, de servidor para paciente, de paciente para servidor, inclusive há lei, quando o paciente ou o usuário daquele ambiente agride verbal ou fisicamente um servidor. Assédios, de uma forma geral, são inadmissíveis e desvios de conduta devem ser tratados como desvio de conduta. Isso é muito simples de ser feito. Temos toda a estrutura institucional para conduzir isso”. Pontua o gestor.

Data de Publicação: 2025-04-29 14:04:01