A Santa Casa do Pará é um dos maiores hospitais do Brasil, com uma das maiores maternidades do Norte do país. A maternidade, que há décadas é referência para a população e representa segurança no atendimento aos seus usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), hoje conta com a atuação de 24 profissionais da área de fonoaudiologia que partilham seus conhecimentos nas UTIs de Neonatologia, Pediatria, Adulto, UCI (Unidade de Cuidados Intensivos), enfermarias de Pediatria e Clínica Médica, além do ambulatório de pediatria.
Gleyce Viana, moradora de Mão do Rio, nordeste do Estado, ficou na Santa Casa no início deste ano, onde teve seu filho. “O atendimento na Santa Casa começou no final de março e a gente ficou na UTI por quase dois meses, aí passamos pela UCI, Canguru, e agora estamos no retorno da terceira etapa (área ambulatorial), e esse acompanhamento vai continuar até os quatro anos de idade”.
“Então, do início ao meio, porque ainda não finalizamos, o atendimento na Santa Casa foi essencial. Foi muito especial para o meu filho, para mim. Precisei da equipe e foram excelentes em tudo. Eu só posso dizer obrigada pelo cuidado, pelo apoio, tudo, né? Porque tem profissionais para tudo que você precisar, inclusive o fonoaudiólogo, todos lá para te ajudar, para te auxiliar”, destaca Gleyce.
Déborah dos Santos Costa, fonoaudióloga com atuação no ambulatório do serviço de fissurados da Fundação Santa Casa, relata que o trabalho na instituição foi iniciado com um grupo pequeno, há 17 anos atrás, com oito fonos. “Um momento em que a fonoaudiologia hospitalar ainda estava em crescimento, estava dando ainda seus primeiros passos. E ao longo desse caminho, com a competência e dedicação, sobretudo da equipe, nós pudemos acompanhar o crescimento dessa equipe dentro do hospital”, conta.
“Ganhamos alguns colegas que vieram cedidos de outras instituições, a Santa Casa foi crescendo e assim conseguimos conquistar também contratos temporários. E hoje somos 24 fonoaudiólogos, então realmente foi um caminho longo e hoje nós observamos o reconhecimento da gestão, e isso é muito importante para nós. Nós que vivenciamos a presença do profissional fonoaudiólogo, é importante saber que todos já conseguem compreender o que o que este profissional faz dentro da área hospitalar. É muito gratificante para nós esse reconhecimento", completa.
Norma Assunção, diretora Técnica Assistencial da Fundação Santa Casa, relata que a instituição vem desenvolvendo um trabalho que dá segurança e qualidade nessa assistência aos pacientes. “Todas as categorias profissionais têm um papel fundamental dentro desse cuidado, que é um cuidado multidisciplinar, e a fonoaudiologia vem se tornando cada vez mais forte dentro desse cuidado. Tendo esse olhar, por exemplo, para a prevenção de complicações respiratórias nos pacientes que se alimentam, tipo broncoaspiração e no diagnóstico de algumas doenças associadas a essa área e a todo esse cuidado em conjunto”.
“Eu enquanto médica intensivista percebo essa importância porque precisamos extubar o paciente e o olhar do fono é importante porque eu preciso que esse paciente consiga defender a sua via aérea no momento em que eu extubar, ou seja, prevenindo aquela broncoaspiração que pode acontecer. E fora isso, vários outros cuidados dentro de todas as doenças ou patologias que nós estamos recebendo, desde os fissurados, desde a neonatologia, todo o cuidado na amamentação. Nós somos uma maternidade, e esse olhar para o cuidado desse recém-nascido, para que ele possa sugar melhor, ter uma alimentação adequada, ganhar peso, e aí percebemos todos esses olhares para todas as idades, todas as faixas etárias dos pacientes que a gente recebe na instituição. É um trabalho imprescindível”, enfatiza a doutora Norma.
Humanização nas UTIs - Nos últimos anos, por conta de aplicação de legislações específicas e reformulação de protocolos, pacientes internados nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) da Fundação Santa Casa do Pará contam com equipes multiprofissionais super especializadas, o que representa um avanço em termos de tratamento.
História - A Santa Casa paraense iniciou suas atividades no ano de 1650, em Belém, e é uma das mais antigas do Brasil. Em abril de 1990, a Instituição foi absorvida pelo Governo do Estado, e passou a ser Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMPA), onde funciona a maior maternidade pública do Pará, com cerca de 750 partos mensais, sendo referência no atendimento materno-infantil de média e alta complexidade nas áreas de Obstetrícia e Neonatologia.
Data de Publicação: 2024-12-09 15:43:31