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A Campanha é um movimento nacional sobre saúde mental que há mais de uma década convida a sociedade a refletir, dialogar e agir em prol do bem-estar emocional.
A Iniciativa do evento desta quarta-feira (29), na Santa Casa, faz parte do Projeto Casa Delas e traz como tema: “violência psicológica e saúde mental”, considerando que esse tipo de violência, além de causar instabilidade nas vítimas, pode desencadear uma série de outros problemas psicológicos e emocionais, como a ansiedade, a baixa autoestima e uma constante sensação de dependência do abusador.
Durante a mesa redonda que tinha como tema a violência psicológica contra a mulher, foram discutidos assuntos impactantes. Marisa Lima, assistente social, onde atua como diretora de Autonomia Econômica da Secretaria Estadual da Mulher (SEMU), destacou os cuidados que se deve ter com a mulher em ciclos adversos de violência.
Marisa, em sua fala, deixou um recado às mulheres diante de algum ataque. “Se você está passando por isso, não tenha vergonha de pedir ajuda. Não tenha vergonha de dizer, eu preciso ser orientada, ou então eu estou em dúvida se o que eu estou passando é uma violência psicológica. Peça ajuda. Quanto mais cedo for identificado, mais rápido vai ser recuperado e menores serão os danos para a sua saúde”.
Críssia Cruz, psicóloga e professora, destacou em sua fala a importância do acolhimento de estar capacitado e identificar diferentes situações e ainda prestar uma assistência qualificada e adequada. “Esse é um hospital de referência às mulheres em situação de violência sexual. Violência também que aparece associada a outras questões que acontecem. E é o único serviço do estado de abortamento previsto em lei. É um hospital de referência e você precisa prestar uma assistência para essa mulher.”
“Uma mulher vítima de violência não é responsável pela violência que ela sofre. O único responsável pela violência cometida é quem a conectou. E a gente precisa escutar a mulher com esse cuidado, oferecer a ela essa segurança e referendar essa assistência. E esse pode ser um ponto de virada aqui”. Ressaltou a psicóloga Críssia.
Luzia Matos, assistente social da Fundação Santa Casa, disse que é muito importante participar desses momentos. “Trabalhar esse autoconhecimento é muito bacana. E no nosso trabalho, discutir também como os homens podem buscar esse autoconhecimento no dia a dia. A gente precisa também investir nesse momento que é muito bom”.
Lina Cristina Magno, gerente da Saúde do Trabalhador (GSAT), relata que depois da pandemia, conseguimos trabalhar melhor as demandas de saúde mental e emocional de forma mais assertiva, principalmente compreendendo que aquele momento foi muito traumático e o profissional de saúde na frente de muitas demandas ficou muito exposto diante de temáticas e situações limites, que era a questão da própria pandemia.
“Isso fez com que a gente se debruçasse mais em cima das evidências de que os profissionais precisavam ser acolhidos nas suas demandas mentais, visto que, passado aquele momento inicial da pandemia, veio à tona muitos adoecimentos de origem mental e emocional. Hoje, a Santa Casa tem um programa, que é o Bem Viver, que foca numa ação de várias atividades, entre os quais o educador físico que vai nas áreas de serviço; atividades terapêuticas holísticas como o Reiki; a acupuntura como auriculoterapia e aromaterapia, que também vem ao encontro dessas práticas integrativas complementares do SUS para o atendimento integral da saúde do trabalhador”, destaca a gerente.
Conscientização - O evento, que ocorreu no auditório da Fundação Santa Casa, contou ainda com a palestra do psicólogo e psicoterapeuta Manoel de Christo Alves Neto que abordou a Violência Institucional no Trabalho e a Saúde Mental.
O Janeiro Branco é um mês de conscientização para os cuidados com a violência psicológica e saúde mental. A campanha tem como objetivo normalizar o diálogo emocional e ampliar o foco coletivo mostrando que saúde mental é uma responsabilidade de todos, não apenas individual. Em 2025 a campanha traz o tema “O que fazer pela saúde mental agora e sempre?”.
O evento contou com a participação do coral da Fundação Santa Casa ‘Saúde e Vida Maria Helena Franco’.
Data de Publicação: 2025-01-30 09:49:52