Pelo terceiro ano consecutivo a Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMPA) realizou a Premiação de Boas Práticas em Humanização, que reconhece e socializa práticas exitosas que vem sendo desenvolvidas no hospital e que contribuem com o bem estar e a recuperação dos pacientes atendidos pela instituição.
Este ano, 11 trabalhos foram inscritos e destes, 9 foram classificados e 3 premiados pela importância e contribuição para o atendimento humanizado dentro do SUS. Os trabalhos inscritos englobam iniciativas dos próprios servidores e equipes da Santa Casa voltadas aos pacientes atendidos em diversos setores da instituição como áreas da maternidade, da neonatologia e da pediatria, além de projetos direcionados também para o bem-estar dos trabalhadores que atuam na assistência aos pacientes.
O terceiro lugar ficou com o projeto “Tecnologia leve-dura para mediação da alta hospitalar humanizada no contexto da clínica médica”, que propõe tornar o momento da alta hospitalar mais acolhedor, cuidadoso e integrado para os pacientes e seus familiares. O trabalho é assinado por Thatiane Cristina da Anunciação Athaide, Maria de Lourdes Menezes Vieira, Adriana Coelho Lira Fortes e Anna Karolina Lira de Oliveira, servidoras do setor Clínica Médica.
Em segundo lugar, foi premiado o projeto “Práticas sustentáveis no ambiente hospitalar”, que propõe ações sustentáveis aplicadas ao cotidiano da Santa Casa, promovendo o cuidado com o meio ambiente dentro do espaço assistencial. A iniciativa é de autoria de Marcos Gomes e Alessandra Trindade Felipe, do setor Hotelaria Hospitalar, e destaca-se por aliar responsabilidade ambiental e bem-estar dos usuários e trabalhadores da saúde.
O enfermeiro Marcos Gomes, gerente de Higienização da Santa Casa, confirma que a ação vem contribuindo com os processos voltados à sustentabilidade financeira e ambiental, já que reaproveita materiais que antes eram descartados no lixo, e também aumenta a vida útil dos colchões piramidais usados na confecção das órteses, reduzindo a produção de mais resíduos.
"Nossa auditoria, feita dentro do nosso Programa de Gerenciamento de Resíduos, identificou que esses materiais estavam sendo descartados, gerando um custo para a instituição e o meio ambiente. A partir da constatação de uma necessidade dos pacientes, vimos que esse material poderia ser reutilizado. E foi assim que gente começou a criar projetos de sustentabilidade dentro da Santa Casa, com as matérias-primas que são utilizadas dentro da própria Fundação para a produção dos coxins de apoio a braços e pescoço, travesseiros e outras órteses, que a Terapia Ocupacional adapta tanto para pacientes adultos quanto pediátricos", ressalta Marcos Gomes.
Já o primeiro lugar foi conquistado pelo projeto “Navegando na alfabetização com as letras que flutuam”, idealizado por servidoras da SEDUC, em parceria com os setores assistenciais e o Espaço Acolher. A iniciativa promove a alfabetização de crianças em situação de internação de forma lúdica e encantadora, unindo educação e cuidado em um momento delicado da vida dos pequenos pacientes. Assinam o projeto Maria Luzia de Matos, Jureuda Duarte Guerra, Gilda Maria Maia Martins Saldanha, Denise Correa Soares da Mota, Rita de Cássia Reis Rosa Figueiredo, Tânia Regina Lobato dos Santos, Márcia Cristina André de Lima, Ana Cleide Ferreira Borges, Carmen Lúcia Pantoja Gualberto e Sílvia Letícia Santos de Morais.
De acordo com a professora da classe hospitalar do espaço acolher da Santa Casa e uma das autoras do projeto, Denise Correa, o projeto carinhosamente nomeado Letras que Flutuam nasceu de uma necessidade de trabalhar alfabetização e letramento com as meninas e mulheres que foram vítimas de escalpelamento e possuem algumas dificuldades no processo de aprendizado e alfabetização.
“A proposta do projeto teve início a partir da oferta do livro Letras que Flutuam, da autora Fernanda Martins. A equipe passou a estudar a obra e percebeu o seu potencial pedagógico, especialmente por dialogar diretamente com o universo das crianças atendidas, oriundas de regiões ribeirinhas do Marajó. As meninas já têm contato com barcos e com o imaginário das águas, então o conteúdo do livro era muito familiar para elas. Iniciamos um experimento a partir dessa conexão e os resultados foram muito positivos”, explica Denise Correa.
A Premiação de Boas Práticas em Humanização é uma ação que reforça o compromisso da Santa Casa com a valorização dos servidores e com a melhoria contínua da qualidade da assistência. As experiências premiadas serão socializadas com outras áreas do hospital, como forma de estimular a multiplicação das boas ideias e fortalecer a cultura da humanização no atendimento.
Texto: Rafaela Soeiro / ASCOM FSCMPA
Fotos: Rafaela Soeiro / ASCOM FSCMPA
Data de Publicação: 2025-07-07 16:10:15